Mercado de alimentação saudável consolida crescimento e mira o Nordeste
Franca ascensão! O segmento de alimentação saudável tem conquistado espaço e cada vez mais destaque nas cidades brasileiras. Abrem as portas pensando em um público que está se firmando mais e mais, como amantes da boa comida, mas sem necessariamente ser gordurosa demais ou o contrário, sem graça. Os restaurantes saudáveis vieram para ficar.
E os números reforçam essa tendência: segundo o Euromonitor Internacional, está previsto para até 2021, só no Brasil, um crescimento de, mais ou menos, 4,41% anualmente do setor de alimentação saudável. Isso engloba o mercado não só de alimentos saudáveis, mais também de bebidas com esse viés. Hoje, o Brasil se posiciona no 5º lugar no ranking de países mais importantes nesse sentido. Só para se ter uma ideia, em 2017, segundo números da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor de alimentação abocanhou 6% a mais que em 2016 conquistando 42 bilhões de faturamento. Por fim, o comparativo do ano passado, neste último trimestre de 2018 o número foi 6,3% maior, chegando a 44 bilhões.
Mas, o que tem impulsionado esse crescimento? A tendência de se alimentar bem foi além do público fitness e que está sempre de olho na balança, mas alcançou o perfil de pessoas que passaram a se preocupar com a saúde, com o que consome e em ter uma vida com melhor expectativa. Segundo pesquisa do Ibope o número de vegetarianos no país quase dobrou nos últimos seis anos, dados de abril de 2018 apontaram quase que 14% da população deixaram de consumir carne. Embora São Paulo concentre o maior número de vegetarianos do país com mais de 792 mil pessoas, Fortaleza, se destaca ao reunir a maior população vegetariana em relação ao total demográfico com 350 mil pessoas ou 14% de toda sua população. Outro dado importante realizado pelo Datafolha em 2017 aponta que 63% dos brasileiros buscam reduzir o consumo de carne.
Com foco nesse cenário expressivo, é natural que redes que apostam nesse segmento comecem a replicar seu modelo de negócio pelo Nordeste, como foi o caso da rede carioca Casa Graviola. Com opções que priorizam alimentos orgânicos, saudáveis e veganos no cardápio, a franquia viu um mercado atrativo na região, mais especificamente, em Fortaleza. Mesmo com o cenário de instabilidade dos últimos anos o território foi a que mais se desenvolveu nas últimas décadas. Segundo estudo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), entre 2002 e 2015, os estados da região tiveram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em média de 3,5% ao ano, entre eles, o Ceará, o que impulsionou um crescimento de 10% no número de redes franqueadas no território nordestino.
Esse cenário se torna perfeito para quem quer empreender, como foi o caso da advogada Katherine Lima, responsável pela administração da nova unidade da Casa Graviola em Fortaleza. “Quando decidi empreender, resolvi que seria no segmento de sustentabilidade. Então fui para área da alimentação, que é onde vejo maior deficiência do pensamento coletivo. A realidade é que pouquíssimas pessoas se importam com o que estão comendo, e até mesmo as que dizem que se importam, se contentam com alguns termos sustentáveis ou campanhas que as marcas fazem, e as consomem não pela sustentabilidade, e sim, pela praticidade”, revela Katherine.
Sobre a Casa Graviola
Tendo à frente os sócios Abner e Manoela Cabral — ele, sempre com uma alma empreendedora, largou a carreira militar e se especializou em Gastronomia. Ela, filha de comerciante, designer de moda, e responsável por toda a parte de identidade da marca, a rede iniciou em 2014 em formato food truck. Em 2016, a empresa mudou a operação para loja física e, em 2017, tornou-se franquia. O cardápio da Casa Graviola prioriza alimentos orgânicos e nutritivos com foco em sugestões saudáveis, que, incluem diversas opções veganas, além de saladas e entradas, hambúrguer, peixes, frangos, omelete, wrap, cheesecake, pudim de chia, tapioca, sucos e chá naturais.
Fonte: Portal do Franchising.
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